terça-feira, 17 de maio de 2011

Sonhar, sonhar, sonhar...

   Caros amigos, leitores forçados do meu blog, entre outros que possam vir a visitá-lo, gostaria de informar-lhes que, a partir de hoje, as histórias aqui relatadas serão baseadas numa personagem que criei há algum tempo, chamada Sophia. Vez ou outra pode aparecer um poema (ou ao menos uma tentativa) ao invés de um conto ou coisa parecida, isso vai depender do meu humor, estado de espírito, etc e tal. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência ou não. Enfim, só para ressaltar que espero que continuem comentando, opinando, criticando, elogiando ou qualquer outra manifestação que queiram apresentar, afinal, o Priscilliando foi feito para isso. Enjoy ;D

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     Aquele parecia só mais um dia. Sophia estava cansada, desanimada, desestimulada e os demais "adas" que se possa imaginar. Morava sozinha, pois cursava uma faculdade em uma cidade longe da sua terra natal. 
     Logo que chegou da faculdade, tratou de ir na cozinha beber água e aprontar algo para jantar. Já passava das 21:00h e ela só queria comer, tomar um banho e cair na cama. O dia parecia não poder ficar pior, quando ela se deu conta de que havia louça de uns 3 dias na pia... Só conseguiu resmungar: saco!
     Ela tomou banho, comeu e decidiu tratar de seus afazeres domésticos, mas não antes de ouvir uma boa música. Nem demorou para escolher entre seus cd's, pois o único com músicas melancólicas que ela tinha era uma seleção feita por ela mesma, com o título "My first fossa". O título dispensa comentários.
     "Fear is only in our minds (O medo está somente em nossas mentes)
     But its taking over all the time" (Mas nos controla a toda hora)
     A princípio, as músicas tinham esse mesmo estilo. Ficar bem pra quê? Sophia estava pensando assim. Ela ia ouvindo, faixa por faixa, até chegar na número 14. Ela decidiu saltar para a 17. Mas, por algum motivo, essa música não queria tocar. Ela já estava de saco cheio, seu dia já tinha sido uma droga e agora, para completar, na única vez que decidiu mudar o que estava escutando, não deu certo. Ela queria acabar logo, ia desistir de ouvir o cd, quando parou para pensar na música que ela desejava escutar. 
     "Dream, dream, dream". Essa era a música. Qualquer pessoa "normal" teria terminado a louça e caído na cama. Mas não Sophia. Ela costuma ir a fundo em tudo que lhe instiga. E isso a instigou, por mais estranho que pareça. Ela tentou de novo, mas o cd rangia, arranhava e a música não passava. Tentou de novo. E de novo. E de novo. E de novo... Após 15 incansáveis minutos, ela se propôs a conseguir realizar essa sua vontade. Vendo que não estava dando em nada, resolveu continuar sua tarefa doméstica, que parecia não terminar... 5 minutos depois, olhou para o aparelho de som e decidiu que não ia se dar por vencida. Por algum motivo, ela achou que o destino quis que ela escutasse aquela música. Sendo assim, prosseguiu em busca do seu objetivo. 
     Depois de muitos socos no aparelho de som, de limpar o cd várias vezes e até mesmo de pedir desculpas ao seu miny sistem por espancá-lo, ela conseguiu. Sophia gastou, pelo menos, mais 10 minutos tentando. Mas ela conseguiu. E para ela foi uma questão de honra. Alguns segundos depois, a melodia começou a invadir os seus ouvidos e ela refletiu cada segundo daquela música.
     All i have to do is dream... (tudo que eu tenho que fazer é sonhar...)
     E aí aconteceu. Como num flash as coisas foram ficando claras em sua mente e justamente essa parte da música ficou ecoando em sua cabeça. Cada uma de suas angústias foram ficando sem sentido quando contrapunham-se a essa frase. Lembrou-se de uma das primeiras músicas que havia escutado. Por que deixar o medo nos controlar? E Sophia pensou em como estava se sentindo há algumas horas. Nada mais lhe dava prazer, nada lhe parecia interessante... E ela notou que tinha parado de se permitir sonhar. No sonho, até as coisas mais improváveis são possíveis. É o mundo do inimaginável, dos desejos, dos pecados e (por que não?!) dos medos. Medos estes que podem ser ultrapassados, esquecidos, vingados. Pois o sonho é a porta que, ao mesmo tempo, une e separa o mundo real do mundo da possibilidade. Mas quem disse que só se pode sonhar dormindo?
     Sophia terminou de lavar a louça, desligou o aparelho de som e sorriu. Não foi dormir. Ligou para uma amiga, partilhou de seus sentimentos, marcou de sair. Depois foi até a varanda, olhou as estrelas e se sentiu mais leve. Notou que o esforço para ouvir a música valeu a pena, pois teve um ponto positivo no fim. Então ela resolveu deitar. Adormeceu em poucos minutos. E, adivinhem? Sonhou.

MORAL DA HISTÓRIA: não pirateiem cd's ou vão achar que uma música arranhada num cd de R$ 1,00 é produto do destino. 

4 comentários:

  1. Priiiiiiiii ! Voce gosta da Claricee?
    Esse seu conto me lembrou os dela... Apesar de não ter tanta introspectividade, mas essa coisa do cotidiano, ficou beem parecido mesmo !
    Eu adoreei, continue escrevendo, porque voce tem talento.

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  2. Tanto por uma música... A geração mp3/ipod não conhece a magia desse artefato circular com orifício igualmente redondo em seu centro...

    Mas é isso, sem piratear agora =D

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  3. kkkkkkk, amei a moral da história /o/ AAA5.
    não po, sério. Muito massa mesmo, continue escrevendo.

    gosto*

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  4. just... tá, pq tão curto? esperando o próximo capítulo /lixa
    ushaushuashuahsuahsu

    *-*

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